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Calcinha em crise: Corrimentos e irritações vaginais.


Minha tia-avó dizia que “mulher é um bicho com vazamento” e, em sua simplicidade, ela tinha razão. Nosso corpo produz várias secreções naturais, como a cera do ouvido, a lágrima, a saliva, o muco do nariz. Com a vagina, não é diferente: logo que o corpo da menina começa sua transformação para mulher, a vagina passa a produzir uma secreção leitosa, esbranquiçada, que pode variar da consistência líquida até a pastosa ao longo do ciclo menstrual, possui cheiro discreto de coalhada ou cheiro nenhum, e quando seca na calcinha tende a amarelar. Isso é o normal, é sua proteção e vai se manter até que você entre na menopausa.


Quando, então, devo achar que tem algo errado? Quando o quadro for diferente deste que descrevemos, ou seja, alterações de cor (amarelada já ao sair da vagina, esverdeada, amarronzada, lilás), de cheiro (cheiro de podre, de peixe, de leite azedo intenso), de quantidade (chega a passar da calcinha para a calça, é necessário usar absorvente ou protetor de calcinha) ou com outros sinais ou sintomas associados (coceira, machucados, verrugas, feridas, bolhas, caroços, febre, dor). Em qualquer desses casos, vale a pena procurar um ginecologista para consulta e exame ginecológico, para que o diagnóstico e o tratamento possam ser feitos adequadamente. Isso inclui as virgens, pois as infecções vaginais e os corrimentos não são exclusivamente pegos por via sexual, há inúmeras causas que não estão relacionadas ao sexo.


As infecções vaginais são o principal motivo de consultas ginecológicas, e suas causas mais comuns são:

Essas causas mereceram posts individuais, então você pode clicar em cada uma delas para ter mais esclarecimentos. No caso das crianças, as causas são completamente diferentes: para saber mais, clique aqui.


Outras situações podem causar irritações vaginais sem que haja infecção por nenhum microorganismo, como reações alérgicas e irritações químicas. Isso pode ocorrer com o uso de absorventes, sabonetes, amaciante, cera depilatória, óleos perfumados, lubrificantes com mentol ou outras substâncias que prometem “esquentar” a área genital (e esquentam, mesmo!!! Queimam, até), uso de espermicidas e uso de duchas vaginais (que tiram nossa proteção natural).


O tratamento das infecções e irritações vaginais é baseado na causa, e essa só pode ser determinada através da consulta e do exame ginecológico. Às vezes os sintomas são muito parecidos, ou são leves e não são notados com muita clareza: apenas seu médico poderá te avaliar e tratar. Muitas pacientes procuram um farmacêutico ou conhecido pedindo “um creme vaginal qualquer” na esperança de que esse resolva seus problemas; contudo, saiba que o creme é apenas a forma em que diferentes medicamentos chegam ao seu organismo, e que cada medicamento cura uma infecção diferente. Seria o equivalente a chegar numa farmácia devido a uma infecção de garganta, ou urinária, ou pneumonia e pedir “um comprimido qualquer”. O uso errôneo e descontrolado de medicamentos faz com que o diagnóstico correto fique mais difícil e dificulta a cura futura, pois faz com que os microorganismos fiquem cada vez mais resistentes ao tratamento.

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