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Pílula do dia seguinte: Tire suas dúvidas.





A camisinha estourou, você esqueceu de tomar a pílula (ou de usar a injeção/anel vaginal/adesivo) ou simplesmente vacilou e não estava usando nenhuma proteção contra gravidez. E agora? É exatamente para isso que serve a contracepção de emergência (CE), muito conhecida como a pílula do dia seguinte. A seguir, vamos responder às perguntas mais comuns sobre o método.






Como funciona?

São pílulas à base de hormônio (levonorgestrel) que dificultam a gravidez por 3 mecanismos: 1) deixam o muco uterino espesso, dificultando a subida dos espermatozoides; 2) afetam a habilidade do espermatozoide penetrar o óvulo e 3) impedem ou atrasam a ovulação.


Essas pílulas são abortivas?

Não. Se já houver implantação na parede uterina, elas não impedem a gravidez.


Toda menina pode usar?

Sim. Não há restrições quanto a idade ou problemas de saúde. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a única situação em que a pílula do dia seguinte é proibida é se a mulher já estiver grávida, pois não há garantias quanto à segurança do bebê.

As pílulas de CE são menos eficazes em mulheres acima do peso - com o índice de massa corporal (peso/altura x altura) maior que 25, mas isso deve servir de alerta, não significa que elas não possam tomar.


Onde posso conseguir a pílula do dia seguinte?

Em qualquer farmácia, a venda da contracepção de emergência é feita com receituário simples. Em postos de saúde esse método é fornecido gratuitamente e com facilidade.


Como usar?

Atualmente, no Brasil, há formulações com 1 ou 2 pílulas. As que vêm com 1 pílula, devem ser tomadas em dose única. As que vêm com 2, podem ser tomadas as 2 de uma só vez ou 1 a cada 12 horas. A menina deve tomar logo que puder, preferencialmente nas primeiras 24 horas e no máximo após 72 horas da relação sexual.

Nos Estados Unidos e na Europa há uma alternativa (ulipristal) que pode ser usado até 5 dias após a relação desprotegida.


A CE é eficaz, mesmo?

É mais eficaz do que não usar nenhuma proteção, mas menos eficaz que os métodos anticoncepcionais regulares (camisinha, pílula, injeção, DIU...). A eficácia máxima é de 94% (se tomada até 24h da relação desprotegida), e vai diminuindo à medida que o tempo passa, chegando a 52% com o uso até 72h.

E não se esqueça de que a contracepção de emergência não te protege contra doenças sexualmente transmissíveis.


O que posso sentir após usar a pílula do dia seguinte?

Como a dose de hormônios é bem mais alta que a de um anticoncepcional comum, os efeitos colaterais são frequentes. A menstruação pode ficar bagunçada: algumas meninas sangram poucos dias após a tomada e outras têm atraso na menstruação, mesmo sem estarem grávidas (aí “as mina pira”, rs).

São comuns, ainda: náuseas, vômitos, mamas inchadas ou sensíveis, tonturas e dor de cabeça.

Se sua menstruação atrasar por mais de 7 dias, procure um médico.


A pílula do dia seguinte pode afetar minha saúde?

Não há riscos maiores à saúde da menina que usa a CE. Não diminui a capacidade de engravidar no futuro, nem causa danos a qualquer órgão (como útero e ovários, por exemplo). Mesmo assim, a contracepção de emergência não é recomendada para uso frequente, já que os outros métodos anticoncepcionais são mais eficazes e que os efeitos colaterais em cada uso são bem incômodos.

Se você só utilizar da maneira correta, ou seja, esporadicamente e só em situações de emergência, sua saúde estará garantida.


E depois de passado o susto, o melhor é que você procure seu ginecologista para iniciar um método regular ou trocar o que já usa, pra que fique segura e tranquila (e pare de rezar todo mês pra menstruação descer), ok? ;-)

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